terça-feira, 17 de setembro de 2019

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL




Psicopedagogia Clínica ou Institucional? Qual é a diferença?

A psicopedagogia é uma técnica da Psicologia, é um estudo, portanto não é uma ciência, contudo fundamenta as suas práticas e pesquisas em várias ciências: Psicologia, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Psicanálise e Neurociência.  Bebe da fonte das Psicologias, deste modo se baseia nas teorias Construtivista e Sócio-construtivista de Jean Piaget e Vygotsky, entre outros, da Psicologia Cognitiva e Comportamental, porque o Psicopedagogo precisa identificar se o problema de aprendizagem é cognitivo (neurobiológico) ou comportamental – neste caso a fonte pode ser emocional ou cultural – e desta forma, deve analisar o convívio social do paciente.
As várias teorias psicológicas são as bases do trabalho deste profissional, mas também a psicanálise – visto que muitos instrumentos utilizados na clínica ou Espaço Psicopedagógico é fundamentado pela psicanálise, afinal é preciso observar e analisar o paciente para ter certeza das causas de seu problema, que pode ser traumática.
Essas práticas são clínicas, por isso diferenciamos a nomenclatura que utilizamos conforme o atendimento: na clínica o nosso cliente é o paciente e na Instituição educacional ou no trabalho realizado em empresas este é o aprendente. No entanto, as bases científicas são as mesmas.
A Psicopedagogia clínica é praticada em consultório e Espaço Psicopedagógico com instrumentos específicos para diagnosticar, fazer a intervenção ou prevenir problemas e dificuldades de aprendizagem de pacientes com histórico de fracasso escolar ou com dificuldades de aprendizagem em seu ofício, seja em empresas ou por transtornos neurobiológicos, lesões cerebrais, causadas por acidentes ou A.V. C, entre outros.
O paciente que procura um consultório psicopedagógico geralmente vem encaminhado por outro profissional da área da saúde ou da educação (oriundos das escolas e centros educacionais). A parceria com outros profissionais é muito importante, porque dependendo do diagnóstico é preciso encaminhá-lo para um neurologista, fonoaudiólogo ou psicólogo, o psicopedagogo nunca trabalha sozinho.
A palavra clínica significa “olhar de perto”, portanto para se observar atentamente e investigar a causa do problema ou dificuldade de aprendizagem do paciente é preciso um olhar clínico um tratamento personalizado, pois dependendo do problema, se for um transtorno neurobiológico, o paciente precisará de uma atenção especial, o que não da para fazer na escola, por exemplo, em grupo.
O Psicopedagogo clínico atende a pessoas de todas as idades com diferentes problemas e dificuldades de aprendizagem e não somente de crianças em idade escolar.
Quando se fala na profissão do psicopedagogo temos que lembrar que apesar do trabalho ser realizado em clínica ou em outra instituição, a formação deste profissional é somente uma, isto é, a pós-graduação – que deve ser realizada em Faculdades, Universidades e Centros Universitários devidamente credenciados pelo MEC – deve ter uma grade que contenha disciplinas de clínica e institucional. Verifique a grade e as disciplinas antes de escolher uma faculdade e realize uma pesquisa para saber se a faculdade é credenciada. Além disso, a clínica também é uma instituição a diferença está na intervenção, que no caso institucional é feita em grupo.

A Psicopedagogia Institucional
A Psicopedagogia Institucional tem por objetivo a assessoria pedagógica e psicopedagógica em escolas, centros educacionais, ONGs ou em qualquer instituição que precise da orientação deste profissional.
Tem o propósito de orientar a equipe pedagógica, docentes e discentes, bem como as famílias no que se refere aos problemas e dificuldades de aprendizagem mostrando como diferenciá-los e como lidar com estes. O Psicopedagogo escolar trabalha junto à coordenação e direção da Instituição podendo participar, inclusive da construção do PPP (Plano Político Pedagógico) da escola.
Deve auxiliar a equipe e corpo docente quanto as diferentes fases de desenvolvimento do aprendente e mostrar-lhes como trabalhar com diversas técnicas pedagógicas de acordo com a idade destes aprendentes, além disso, auxilia-los quanto aos problemas emocionais, visto que todos somos afetados emocionalmente o tempo todo, no entanto para a criança e para o adolescente é mais difícil lidar com conflitos existenciais. Isso se deve a anatomia e fisiologia cerebral.
Destarte, o Psicopedagogo deve conhecer profundamente as teorias construtivista e cognitivista de Piaget, a sócio-construtuvista de Vygotsky, as teorias dos grupos e dos vínculos de Pichon Riviere, além de Wallon, Winnicott, entre outras teorias da psicologia cognitiva, comportamental e social, buscando entender e analisar os grupos culturais para integrá-los.
Além das teorias mencionadas acima é imprescindível estudar a Neurociência, para conhecer a anatomia e fisiologia cerebral, assim como a constituição do SNC e SNP.
A Neurociência tem auxiliado com maestria o trabalho do psicopedagogo e poderá ajudar o professor em sala de aula.  
O Psicopedagogo Instrucional pode implantar métodos lúdicos de aprendizagem e ensinagem, tais como jogos, encenações e peças de teatro para estimular as funções cognitivas do aprendente, bem como auxiliar o professor na ensinagem, destarte atingindo a todos os grupos. Para trabalhar os problemas emocionais pode utilizar o Psicodrama.
Enfim, o trabalho do Psicopedagogo Institucional não se limita às escolas e centros educacionais, mas pode ser realizado em ONGs de todos os segmentos, hospitais empresas e autoescolas. Os instrumentos de intervenção, prevenção e avaliação psicopedagógica é para qualquer pessoa que possua alguma dificuldade ou problema de aprendizagem.
Para mais informações acesse o site da Abpp Associação Brasileira de Psicopedagogia www.abpp.com.br






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