quarta-feira, 3 de agosto de 2022

TEORIA DA MENTE E EMPATIA

 


         Teoria da Mente ou Empatia: como a Teoria da Mente nos favorece nas relações sociais. 

Por Katia Santana




        A teoria da mente diz respeito a como conhecemos a mente de outra pessoa, assim como as predições a respeito de outrem. 

           A Teoria da Mente e a Empatia são as duas formas com que conseguimos acessar o outro e, desta forma, compreendê-lo sabendo que este outro é subjetivo, um indivíduo diferente de mim, portanto tem emoções e sentimentos diferentes de mim e as sentem em momentos, e situações, diferentes dos meus.           A Teoria da Mente nos capacita a observar o outro – o seu comportamento e expressões – e tentar inferir, predizer situações (ações) das outras pessoas: ler no outro os seus pensamentos, pelo menos tentar, emoções, através das expressões faciais e corporais, e perceber suas intenções. 

           As pessoas tem pensamentos e sentimentos diferentes - dependendo dos acontecimentos -  deste modo uma pessoa deve reconhecer no outro a variedade de emoções que as afeta no dia a dia, desta maneira é possível conviver harmonicamente em sociedade. Sou Psicopedagoga clínica, além disso professora de filosofia e sociologia no ensino médio, e ética no ensino técnico,  por isso, desenvolver uma teoria da mente, e ter empatia, é imprescindível na minha carreira, visto que lido com pessoas servindo-as. O meu trabalho é servir o próximo. 

        Como Psicopedagoga preciso usar a teoria da mente para identificar um problema ou dificuldade de aprendizagem, além disso ter atenção redobrada no outro e saber ouvir. A empatia neste caso me faz perceber a pessoa de forma subjetiva e acolhedora, pois muitos me procuram em fase (estado) de sofrimento. É preciso compreender que se alguém não vai bem na escola, ou no trabalho, se tem dificuldades de aprendizagem, muitas vezes, é porque não sabe lidar com as próprias emoções. Deste modo, a empatia e a teoria da mente são as minhas aliadas em duas profissões cujo objetivo é o outro: os fins estão no outro. 

         É preciso ter total atenção e estar a serviço de outrem para executar com eficácia o meu trabalho. Mesmo se a minha área de atuação profissional não fosse a saúde mental e a educação e aprendizagem, ainda assim precisaria desenvolver a empatia para lidar com as pessoas de forma harmoniosa. Além disso, é preciso ter metacognição, ou seja, procurar meios de autoconhecimento para que possamos lidar com as nossas emoções, desenvolver a cognição em prol de boas relações sociais. Como fazê-lo?             Com alimentação saudável, exercícios físicos, meditação e conhecimentos. Trabalhar as funções cognitivas (Memória, atenção, pensamento, raciocínio lógico e funções executivas) é o caminho para desenvolver a Teoria da mente. As funções executivas nos permitem executar as tarefas diárias com excelência, são elas: planejamento, execução, inibição, organização, decisão e memória, sendo a inibição o autocontrole. 

          Uma pessoa com a inibição desenvolvida (autocontrole) tem maior capacidade para lidar com as adversidades da vida e para ter empatia e teoria da mente, porque consegue ouvir o outro em uma situação conflituosa, além de saber administrar as suas emoções. Para isso, é importante buscar caminhos para melhorar as funções cognitivas, como dito acima, a meditação Mindfulness (Atenção Plena) é uma ótima recomendação, pois ela atua na atenção e inibição. 

           Para aprender a lidar melhorar com as próprias emoções e para desenvolver capacidades cognitivas, é importante fazer psicoterapia, e, neste caso, a psicopedagogia comportamental ajuda bastante, pois o trabalho da psicopedagoga é estimular as funções cognitivas com jogos e exercícios mentais Jogos para estimular as funções cognitivas e metacognitivos, afim de fazer com que o cliente otimize os seus processos mentais, o que o capacita à readaptação social, ou seja, viver harmoniosamente em sociedade. 

         Hoje, além de dar aulas e atender na clínica, eu dou formação para professores, o que faz de mim alguém que deve se importar com os outros e que presta um serviço de formação para que esse indivíduo (o professor) desenvolva habilidades de compreensão para uma educação que possa formar pessoas melhores, para que essas pessoas sejam a “luz” da sociedade e não “a luno”, aquele que não tem luz. Deste modo, ser empática, para mim, é prestar um serviço humanitário em prol de uma sociedade melhor. 

 REFERÊNCIAS

 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE E-BOOK Trilha 6 – Teoria da Mente e Empatia: Mackenzie, São Paulo,2021

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