sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Jogos para estimular as funções cognitivas.

Funções cognitivas: memória, atenção, percepção, linguagem e funções executivas.
Funções executivas: planejamento, organização, execução e inibição que é o controle comportamental.
Jogos dos quartetos Patrulha Canina. 
Objetivo: formar quartetos com os personagens da Patrulha Canina, quem forma mais quartetos será o vencedor.
O jogo conta com  personagens da patrulha canina, que são divertidos e animados.
Pode ser jogado em família: a Psicopedagoga pode indicar para estimular os laços afetivos.
Benefícios: raciocínio lógico, pensamento estratégico e atenção seletiva, além de habilidades éticas.

Dama
Objetivo: imobilizar e capturar todas as peças do adversário.
Inicialmente posiciona-se as peças no tabuleiro - um jogador fica com as peças escuras à esquerda e o outro com as claras a direita - e em seguida os jogadores devem colocar as peças no jogo, colocando tanto as damas escuras quanto as claras nas casas mais escuras.
Benefícios lógico e cognitivos: raciocinar para buscar meios adequados para alcançar o objetivo, organizar uma variedade de elementos para uma finalidade: veja que uma das funções executivas é a organização. Imaginar concretamente situações futuras próximas: perceba que a imaginação é uma das funções da mente que aparece na infância e que deve ser estimulada. A imaginação faz parte do planejamento. Prever prováveis consequências de atos próprios e alheios e tomar decisões vinculadas a resolução de problemas. Um treinamento para a vida.

Xadrez
Objetivos: impor o xeque mate ao adversário ou o seu rendimento.
Benefícios: desenvolve o raciocínio matemático e o pensamento lógico, além de melhorar a imaginação, criatividade, comunicação, tomada de decisão.

Pega varetas: o objetivo é retirar as varetas do monte sem mexer as demais, somando o número de pontos maior do que o oponente. Pode ser jogado entre dois ou mais jogadores. Quando não houver mais varetas sobre a mesa, cada jogador deve somar a pontuação das varetas de sua posse. Aquele que somar a maior pontuação será o vencedor.
Benefícios: é um excelente jogo para estimular as funções executivas, concentração, coordenação motora fina, equilíbrio e tolerância, além de aprofundar o conceito de multiplicação e levantamento de hipóteses.

Ludo
Objetivos: chegar em primeiro lugar com os quatro peões a casa final. Para isso deve enfrentar os obstáculos do percurso, inclusive os seus oponentes.
Benefícios: controle emocional e cognitivo, gasto de energia. Estimula as habilidades de memória verbal e visual, além de promover a aprendizagem de forma lúdica.

No próximo artigo falarei dos jogos psicomotores. Até mais!!



quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Neurotransmissores
São substâncias químicas produzidas pelos neurônios  (células nervosas), com a função de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a outras células. Podem, também, estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo.
Os neurotransmissores agem nas sinapses que são o local de junção do neurônio com outra célula.

Função de alguns Neurotransmissores

Dopamina: reduz ansiedade, melhora o ânimo, energia e motivação. 
Hábito: comemorar, ser grato, exercícios físicos.

Serotonina: reduz maus hábitos, aumento da capacidade de decisão.
Hábito: ver o lado bom das coisas, ou seja, positividade, otimismo, atividades físicas.

Melatonina: melhora a qualidade do sono.
Hábito: tomar um pouco de sol.

Noradrenalina: reduz o estresse, melhora o foco e a capacidade de pensar.
Hábito: massagens e exercícios físicos.

Gaba: este é o neurotransmissor do relaxamento, da calma, reduz  a ansiedade e aumenta o relaxamento. Este é um neurotransmissor inibitório, isto é, inibe a liberação de neurotransmissores do estresse, tal qual o cortisol.
Hábito: comer castanhas, foco, meditação, respiração profunda e pausada. Conversa interna. 

Endorfina: reduz a dor, a depressão e aumenta a sensação de felicidade.
Hábito: sexo, chocolate, risos, contato com a natureza.

Ocitocina: ah esse é o neurotransmissor do amor: proporciona bons sentimentos, amor, conexão e confiança.
Hábito: abraços verdadeiros e troca de afeto.

Na aprendizagem, quando o professor é lúdico e afetivo, a criança libera os neurotransmissores que ajudam na atenção, memória e vontade de aprender mais e mais, tal qual a dopamina. Desta forma, é preciso que o docente trabalhe de forma que possa alcançar a todos dentro das suas especificidades.
É importante para isso utilizar diversos métodos de ensinagem para que todos sejam incluídos.

Como o cérebro aprende?
10% lendo
20% ouvindo
30% observando
50% vendo e ouvindo
70% discutindo com outros.
80% fazendo.
95% ensinando aos outros.

Funções cognitivas
Localização: córtex pré frontal
Memória, atenção, linguagem, percepção e funções executivas.
As funções executivas são: planejamento, organização, execução, inibição que é o controle comportamental.
Deste modo, é preciso estimular essas funções com jogos e brincadeiras.
Jogos de damas, xadrez, ludo, dominó, resta um, hora do hush, quebra cabeça, jogo da velha, cruzadinhas, enfim jogos de estratégias e de atenção.
Os jogos proporcionam a melhora das funções cognitivas e a ética, pois treina a regulação, ou seja, as regras que devemos seguir em sociedade e é claro a socialização.
No próximo artigo darei dicas de jogos e como jogá-los.
Até mais!!!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Como fazer para que seu filho seja um bom leitor

Em primeiro lugar é preciso se lembrar que somos seres sociais, vivemos em grupo pelo simples fato de preservação da espécie, ou seja, somos os únicos seres vivos que precisa viver em grupo por vários motivos: defesa, aprendizagem, identidade (cultura) e saúde mental.
Do mesmo modo, aprendemos a partir de imitação, isto é, do comportamento dos nossos semelhantes, em geral dos nossos pais ou tutores, isso não é somente cultural, porque temos os nossos neurônios espelhos, neurônios aprendentes que moldam o nosso comportamento, desta forma, é preciso tomar cuidado com as nossas atividades perante os nossos filhos: se o pai grita com a mãe a criança poderá repetir essa ação.
Contudo, estamos falando de coisa boa: a leitura. Esse hábito tão gostoso e saudável que é prática da humanidade há muitos séculos. Na verdade na idade média poucas pessoas sabiam ler, pois a maior parte da população não era letrada, porém com o advento da prensa, invenção de Gutenberg no século XIX, as pessoas passaram a ler mais, a educação nos bancos escolares foi expandida e esse hábito se espalhou pelos continentes.
Portanto, para que seu filho seja um bom leitor leia para ele e aproveite esse momento afetuoso para se conectar a ele.

Escolha livros apropriados para cada faixa etária com ilustrações e histórias que provoquem curiosidades, que tenha um conteúdo ético para que ele possa refletir e questionar, e que faça sentido para a sua realidade.
Livros devem ser prazerosos, portanto devem conter figuras, jogos, CDs com músicas apropriadas para cada idade e deixar um "quê" de saudades, por isso não leia a história inteira para que haja uma expectativa para o dia seguinte.
Para os bebês, leia para os pequenos desde cedo, os livros devem conter relevos, emborrachados, podem ser de tecido e bem coloridos. O livro de tecido estimula as funções psicomotoras (pegar, largar, apertar, segurar, alcançar, etc) afinal, essa é a fase sensório -motor, o que significa que o bebê aprende por estímulos motores e sensíveis.
Ao sair para passear com o seu filho leve-o em livrarias. As grandes livrarias, mega store, tem espaços lúdicos apropriados para crianças. Com pufes, almofadas, araras com livros infantis é bem colorido, do jeito que as crianças gostam. Na próxima vez que for ao shopping com seu filho ele te puxará para uma livraria, experiência própria.
Dê livros de presente acompanhados com jogos, personagens históricos e heróis, princesas, varinhas mágicas, unicórnio, acessórios, enfim, o que faz parte do imaginário infantil.
Tudo isso mexe com o lúdico, com a imaginação e criatividade, o que reforça as funções cognitivas ( atenção, memória, leitura, planejamento, organização e execução).
E por fim, faça parte da brincadeira esse é um momento de criatividade e afetividade entre pais e filhos.
Boa leitura!!!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A importância do Psicopedagogo nas Escolas Públicas



O Trabalho do Psicopedagogo nas Escolas Públicas.

O trabalho do Psicopedagogo nas Escolas Públicas é importante para que se possa descobrir, e tratar, problemas de aprendizagem nos primeiros anos do ensino infantil, neste caso se faz um trabalho preventivo, sendo assim é possível fazer a prevenção e a intervenção se acaso detectado problemas e dificuldades de aprendizagem.
 No Brasil não há psicopedagogos nas escolas públicas em todos os estados, em São Paulo, por exemplo, somente em alguns municípios, embora a lei n° 15 719 (“Dispõe sobre a implantação de assistência Psicopedagógica em toda a rede municipal de ensino, com o objetivo de diagnosticar, intervir e prevenir problemas e dificuldades de aprendizagem...”) tenha sido sancionada pelo Prefeito Fernando Hadadd em 24 de abril de 2013.  Desta forma ha interesse em pesquisar e orientar gestores, diretores e professores de escolas públicas quanto à importância deste profissional, visto que é uma profissão considerada nova e porque não há conhecimento por parte dos profissionais da Educação.
Buscando a melhoria da Educação é possível descobrir transtornos, distúrbios e síndromes, ou mesmo uma dificuldade de aprendizagem, nos primeiros anos da infância facilitando o trabalho de professores e orientando pais e alunos quanto aos métodos que poderão ser aplicados de acordo com cada problema. 
Como o Psicopedagogo tem acesso às várias ciências que compõe esta profissão – sendo a neurociência da Educação uma das mais importantes – além de aprofundamento nas psicologias do desenvolvimento e comportamento, este poderá corroborar para que os profissionais da educação tenham um resultado satisfatório no ensino-aprendizagem dos alunos.
O Psicopedagogo, na escola, poderá dar assessoramento pedagógico, planejamento educacional, em caráter clínico, realizar diagnóstico institucional e propostas operacionais pertinentes ao ambiente considerando a cultura local, social e econômica. Pode trabalhar com grupos de 11 alunos, especificamente para cada série, ou em casos especiais, com olhar clínico, individualmente.
Poderá encaminhar alunos para outros profissionais, se necessário, e fazer parcerias com o funcionalismo público.
A Psicopedagogia não se limita apenas a assistência ao problema, mas também a prevenção e a promoção da saúde, ou seja, desenvolve atividades com professores, alunos, aprendentes hospitalizados ou em instituições, como no caso da escola pública, para evitar que dificuldades de aprendizagem se instalem.  Trabalha também com orientação às famílias, promovendo um ambiente saudável para os pais e alunos, além de orientar os professores nas questões afetivas.
O trabalho do psicopedagogo na instituição escolar tem a função social de socializar conhecimentos, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de regras de conduta – isso pode ser feito com jogos e nas aulas de educação física sob a orientação deste profissional – dentro de um projeto social mais amplo que poderá incluir os pais.
Este profissional preocupa-se em preparar o indivíduo para uma sociedade mais ética: virtudes morais, conduzindo às suas habilidades em prol de uma sociedade digna.
Muitos alunos apresentam problemas de psicomotricidade, apesar de os professores de educação básica do ensino fundamental I serem aptos, muitas vezes falta direcionamento, deste modo o Psicopedagogo, em parceria com o professor especialista, poderá elaborar exercícios para melhorar o desempenho do aluno – os jogos, as brincadeiras, enfim, o movimento e a expressão corporal fazem a criança aprender brincando – mesmo por que a motricidade acompanha o desenvolvimento cognitivo e vice-versa.  
Com a intervenção psicopedagógica é possível sanar problemas de aprendizagem com a aplicação de testes e avaliação da instituição – toda vez que se levanta uma hipótese, conforme a suspeita do problema aplicam-se testes específicos em prol de eliminar a dúvida – e posteriormente com instrumentos de aprendizagem específico para cada faixa etária. A intervenção nas escolas públicas pode ser feita em grupo. Desta forma, a equipe de profissionais da educação poderá trabalhar conforme as necessidades do aluno devolvendo-lhe o prazer de aprender. 

Reuven Feuerstein, psicólogo romeno radicado em Israel, desenvolveu um método de avaliação de capacidade de aprendizagem, que denomina de Avaliação Dinâmica do Potencial de Aprendizagem (Learning Potential Assessiment Device – LPAD.) esse autor entende que os métodos tradicionais de avaliação são insuficientes para informar sobre a capacidade de aprendizagem dos indivíduos. O sistema de avaliação LPAD visa fundamentar:
a)    Verificar o potencial da aprendizagem;
b)    Conhecer as possibilidades reais de aprendizagem;
c)    Conhecer a natureza do processo de aprendizagem, compreendendo as funções deficitárias;
d)    Dar pistas sobre o método de intervenção que pode facilitar o processo de aprendizagem. (Sisto, et al, 1996, p.129).

Feuerstein usava métodos já conhecidos e outros criados por ele, como por exemplo, a aplicação do LPAD que consiste em aplicar o teste para verificar o estágio de aprendizagem do aluno, fazer a intervenção e depois o teste novamente para ver o que este alcançou. O teste é aplicado de forma dinâmica: teste – aprendizagem – teste. Sabendo que todos nós aprendemos, porém dentro dos nossos limites e é por isso que nosso cérebro deve ser estimulado.
As teorias do desenvolvimento, Piaget e Vygotsky, devem sempre ser utilizadas nas escolas, pois crianças e adultos aprendem dentro dos seus estágios de desenvolvimento e isso deve ser respeitado. As teorias comportamentais e construtivistas tem um papel importante na aquisição dos conhecimentos de um Psicopedagogo, porque este as usará em prol de um trabalho dinâmico e efetivo. 
Por que se trabalha como jogos e testes?
Porque os testes nos dão um norte de como aplicar a intervenção e qual é o problema de aprendizagem.
Os jogos simulam a vida e constroem no aprendente regras de conduta, assimilação da realidade, a importância do respeito, a integridade física, a parceria, ou seja, a importância de viver em sociedade e de criar relações consistentes, além disso, aprende que sem a interação social não há aprendizagem: a ida ao play é importante para criar essas relações.
Os jogos também trabalham as disciplinas de português, matemática, história, química, etc. enfim, o objetivo dos jogos é construir conhecimentos e estimular a criatividade.  Geralmente usa-se esse artificio com crianças entre dois e nove anos, no entanto não nos impede de utilizá-los com adolescentes, jovens e adultos, eis o exemplo do RPG, que trabalha toda a parte cognitiva, emocional e motricidade. É um jogo de estratégia que estimula o raciocínio lógico, outro jogo que pode ser inserido, inclusive como disciplina alternativa, é o xadrez. 
Os jogos trabalham:
·         Conflitos emocionais: raiva, mágoa, dor;
·         Avalia a capacidade de inteligência, atenção, iniciativa;
·         A criança comunica inconscientemente o que está acontecendo com ela, inclusive conflitos familiares: no “parquinho” espaço de brincadeiras, quando uma criança é muito agressiva, por exemplo.
O método tradicional de ensino, escola Prussiana, não identifica problemas de aprendizagem, e nem tampouco auxilia o aprendente a buscar formas construtoras de aprendizagem, porque estagna, e desestimula o aluno com dificuldades que desisti desse processo: o aluno se sente incapaz e excluído da comunidade, pois deixa de ser um ser cognoscente.
Com a intervenção psicopedagógica nas escolas públicas a defasagem, bem como a repetição de séries seria impossível, já que este profissional respeita os limites de cada ser humano introduzindo métodos direcionados a reconstrução do conhecimento.


O que é Psicomotricidade?

A Psicomotricidade é o estudo do ser humano por meio do movimento corporal e suas interações com o mundo. Seu estudo é relacionado ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e orgânico: Motric= movimento humano. PSI= emocional e CO = Cognitivo.
A História da Psicomotricidade começa na Grécia antiga com a supervalorização do corpo, principalmente o masculino, em que os homens exibiam corpos fortes e praticavam o exercício físico como complemento de uma mente saudável: Platão filósofo grego da era clássica em seus diálogos enfatizava a combinação de exercícios físicos em conjunto com a habilidade de filosofar como um hábito saudável. Na Grécia a ordem era que o belo é o bom, deste modo o homem grego – cidadão grego – tinha o direito de participar das discussões na Ágora (praça pública), para decidir a vida política local e ir ao Estadiun para participar dos esportes gregos.
Neste período histórico o homem sabia que deveria combinar a saúde da mente com o corpo, pois isso lhe daria a condição de desenvolver a parte cognitiva do cérebro e a motricidade. Aristóteles, filósofo estagirita, dizia que o corpo era o lugar da matéria lapidada pela alma.  
Portanto trabalhar a mente é trabalhar o corpo e vice-versa, destarte a importância de deixar a criança brincar, movimentar o corpo: correr, subir em árvores, brincar de esconde-esconde, pega-pega, rouba bandeira, queimada, polícia e ladrão, etc. em brinquedos planejados para o desenvolvimento motor, tal qual os que hão nos espaços apropriados para isso “ parquinhos” é deveras necessário para o desenvolvimento cognitivo, lógico e comportamental da criança. Não se deve proibir a criança de brincar, mas sim estimulá-la para que cresça saudável e com habilidades sociais e inteligência emocional.

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