quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A importância do Psicopedagogo nas Escolas Públicas



O Trabalho do Psicopedagogo nas Escolas Públicas.

O trabalho do Psicopedagogo nas Escolas Públicas é importante para que se possa descobrir, e tratar, problemas de aprendizagem nos primeiros anos do ensino infantil, neste caso se faz um trabalho preventivo, sendo assim é possível fazer a prevenção e a intervenção se acaso detectado problemas e dificuldades de aprendizagem.
 No Brasil não há psicopedagogos nas escolas públicas em todos os estados, em São Paulo, por exemplo, somente em alguns municípios, embora a lei n° 15 719 (“Dispõe sobre a implantação de assistência Psicopedagógica em toda a rede municipal de ensino, com o objetivo de diagnosticar, intervir e prevenir problemas e dificuldades de aprendizagem...”) tenha sido sancionada pelo Prefeito Fernando Hadadd em 24 de abril de 2013.  Desta forma ha interesse em pesquisar e orientar gestores, diretores e professores de escolas públicas quanto à importância deste profissional, visto que é uma profissão considerada nova e porque não há conhecimento por parte dos profissionais da Educação.
Buscando a melhoria da Educação é possível descobrir transtornos, distúrbios e síndromes, ou mesmo uma dificuldade de aprendizagem, nos primeiros anos da infância facilitando o trabalho de professores e orientando pais e alunos quanto aos métodos que poderão ser aplicados de acordo com cada problema. 
Como o Psicopedagogo tem acesso às várias ciências que compõe esta profissão – sendo a neurociência da Educação uma das mais importantes – além de aprofundamento nas psicologias do desenvolvimento e comportamento, este poderá corroborar para que os profissionais da educação tenham um resultado satisfatório no ensino-aprendizagem dos alunos.
O Psicopedagogo, na escola, poderá dar assessoramento pedagógico, planejamento educacional, em caráter clínico, realizar diagnóstico institucional e propostas operacionais pertinentes ao ambiente considerando a cultura local, social e econômica. Pode trabalhar com grupos de 11 alunos, especificamente para cada série, ou em casos especiais, com olhar clínico, individualmente.
Poderá encaminhar alunos para outros profissionais, se necessário, e fazer parcerias com o funcionalismo público.
A Psicopedagogia não se limita apenas a assistência ao problema, mas também a prevenção e a promoção da saúde, ou seja, desenvolve atividades com professores, alunos, aprendentes hospitalizados ou em instituições, como no caso da escola pública, para evitar que dificuldades de aprendizagem se instalem.  Trabalha também com orientação às famílias, promovendo um ambiente saudável para os pais e alunos, além de orientar os professores nas questões afetivas.
O trabalho do psicopedagogo na instituição escolar tem a função social de socializar conhecimentos, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de regras de conduta – isso pode ser feito com jogos e nas aulas de educação física sob a orientação deste profissional – dentro de um projeto social mais amplo que poderá incluir os pais.
Este profissional preocupa-se em preparar o indivíduo para uma sociedade mais ética: virtudes morais, conduzindo às suas habilidades em prol de uma sociedade digna.
Muitos alunos apresentam problemas de psicomotricidade, apesar de os professores de educação básica do ensino fundamental I serem aptos, muitas vezes falta direcionamento, deste modo o Psicopedagogo, em parceria com o professor especialista, poderá elaborar exercícios para melhorar o desempenho do aluno – os jogos, as brincadeiras, enfim, o movimento e a expressão corporal fazem a criança aprender brincando – mesmo por que a motricidade acompanha o desenvolvimento cognitivo e vice-versa.  
Com a intervenção psicopedagógica é possível sanar problemas de aprendizagem com a aplicação de testes e avaliação da instituição – toda vez que se levanta uma hipótese, conforme a suspeita do problema aplicam-se testes específicos em prol de eliminar a dúvida – e posteriormente com instrumentos de aprendizagem específico para cada faixa etária. A intervenção nas escolas públicas pode ser feita em grupo. Desta forma, a equipe de profissionais da educação poderá trabalhar conforme as necessidades do aluno devolvendo-lhe o prazer de aprender. 

Reuven Feuerstein, psicólogo romeno radicado em Israel, desenvolveu um método de avaliação de capacidade de aprendizagem, que denomina de Avaliação Dinâmica do Potencial de Aprendizagem (Learning Potential Assessiment Device – LPAD.) esse autor entende que os métodos tradicionais de avaliação são insuficientes para informar sobre a capacidade de aprendizagem dos indivíduos. O sistema de avaliação LPAD visa fundamentar:
a)    Verificar o potencial da aprendizagem;
b)    Conhecer as possibilidades reais de aprendizagem;
c)    Conhecer a natureza do processo de aprendizagem, compreendendo as funções deficitárias;
d)    Dar pistas sobre o método de intervenção que pode facilitar o processo de aprendizagem. (Sisto, et al, 1996, p.129).

Feuerstein usava métodos já conhecidos e outros criados por ele, como por exemplo, a aplicação do LPAD que consiste em aplicar o teste para verificar o estágio de aprendizagem do aluno, fazer a intervenção e depois o teste novamente para ver o que este alcançou. O teste é aplicado de forma dinâmica: teste – aprendizagem – teste. Sabendo que todos nós aprendemos, porém dentro dos nossos limites e é por isso que nosso cérebro deve ser estimulado.
As teorias do desenvolvimento, Piaget e Vygotsky, devem sempre ser utilizadas nas escolas, pois crianças e adultos aprendem dentro dos seus estágios de desenvolvimento e isso deve ser respeitado. As teorias comportamentais e construtivistas tem um papel importante na aquisição dos conhecimentos de um Psicopedagogo, porque este as usará em prol de um trabalho dinâmico e efetivo. 
Por que se trabalha como jogos e testes?
Porque os testes nos dão um norte de como aplicar a intervenção e qual é o problema de aprendizagem.
Os jogos simulam a vida e constroem no aprendente regras de conduta, assimilação da realidade, a importância do respeito, a integridade física, a parceria, ou seja, a importância de viver em sociedade e de criar relações consistentes, além disso, aprende que sem a interação social não há aprendizagem: a ida ao play é importante para criar essas relações.
Os jogos também trabalham as disciplinas de português, matemática, história, química, etc. enfim, o objetivo dos jogos é construir conhecimentos e estimular a criatividade.  Geralmente usa-se esse artificio com crianças entre dois e nove anos, no entanto não nos impede de utilizá-los com adolescentes, jovens e adultos, eis o exemplo do RPG, que trabalha toda a parte cognitiva, emocional e motricidade. É um jogo de estratégia que estimula o raciocínio lógico, outro jogo que pode ser inserido, inclusive como disciplina alternativa, é o xadrez. 
Os jogos trabalham:
·         Conflitos emocionais: raiva, mágoa, dor;
·         Avalia a capacidade de inteligência, atenção, iniciativa;
·         A criança comunica inconscientemente o que está acontecendo com ela, inclusive conflitos familiares: no “parquinho” espaço de brincadeiras, quando uma criança é muito agressiva, por exemplo.
O método tradicional de ensino, escola Prussiana, não identifica problemas de aprendizagem, e nem tampouco auxilia o aprendente a buscar formas construtoras de aprendizagem, porque estagna, e desestimula o aluno com dificuldades que desisti desse processo: o aluno se sente incapaz e excluído da comunidade, pois deixa de ser um ser cognoscente.
Com a intervenção psicopedagógica nas escolas públicas a defasagem, bem como a repetição de séries seria impossível, já que este profissional respeita os limites de cada ser humano introduzindo métodos direcionados a reconstrução do conhecimento.


O que é Psicomotricidade?

A Psicomotricidade é o estudo do ser humano por meio do movimento corporal e suas interações com o mundo. Seu estudo é relacionado ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e orgânico: Motric= movimento humano. PSI= emocional e CO = Cognitivo.
A História da Psicomotricidade começa na Grécia antiga com a supervalorização do corpo, principalmente o masculino, em que os homens exibiam corpos fortes e praticavam o exercício físico como complemento de uma mente saudável: Platão filósofo grego da era clássica em seus diálogos enfatizava a combinação de exercícios físicos em conjunto com a habilidade de filosofar como um hábito saudável. Na Grécia a ordem era que o belo é o bom, deste modo o homem grego – cidadão grego – tinha o direito de participar das discussões na Ágora (praça pública), para decidir a vida política local e ir ao Estadiun para participar dos esportes gregos.
Neste período histórico o homem sabia que deveria combinar a saúde da mente com o corpo, pois isso lhe daria a condição de desenvolver a parte cognitiva do cérebro e a motricidade. Aristóteles, filósofo estagirita, dizia que o corpo era o lugar da matéria lapidada pela alma.  
Portanto trabalhar a mente é trabalhar o corpo e vice-versa, destarte a importância de deixar a criança brincar, movimentar o corpo: correr, subir em árvores, brincar de esconde-esconde, pega-pega, rouba bandeira, queimada, polícia e ladrão, etc. em brinquedos planejados para o desenvolvimento motor, tal qual os que hão nos espaços apropriados para isso “ parquinhos” é deveras necessário para o desenvolvimento cognitivo, lógico e comportamental da criança. Não se deve proibir a criança de brincar, mas sim estimulá-la para que cresça saudável e com habilidades sociais e inteligência emocional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  Transtornos Psicológicos Transtornos de Ansiedade CID F41            Os transtornos de ansiedades são transtornos psicológicos cara...